
Sobre o tratamento
No primeiro atendimento é realizada uma avaliação detalhada no qual o paciente relata sua queixa principal, tempo dos sintomas, cirurgias realizadas, traumas físicos (quedas, acidentes de carro, fraturas, entorses, etc). Logo após é feita a avaliação física e clínica.
É importante que o paciente compareça à consulta com roupas de atividade física para que a terapeuta consiga visualizar as estruturas e também possibilitar o movimento.
As consultas tem duração aproximada de 50 minutos.
No dia da avaliação já é possível iniciar o tratamento. O tratamento não apresenta restrição em idade, atendendo desde recém-nascidos, gestantes, até idosos, sempre respeitando a individualidade.
As consultas iniciam uma vez por semana e com a redução dos sintomas e ganho de função passam a ser quinzenal e/ou mensal. O número de intervenções variam de acordo com a idade, gravidade e tempo dos sintomas.
Nas consultas, são orientados exercícios individualizados e específicos para serem realizados tanto em consultório quanto em casa. Os exercícios são enviados por um aplicativo para facilitar a execução e também para acompanhar a evolução de cada paciente. Desta forma o tratamento é continuo e será mais eficiente.
Especialidades
Osteopatia
A osteopatia é um tratamento originário dos Estados Unidos tendo como idealizador Andrew Taylor Still, que viveu nos meados de 1828-1917, e apresentou os princípios dessa técnica.
Etimologicamente, Osteon significa osso e Pathos “efeitos que vem do interior”. Trata-se, portanto, de uma terapia natural em que o corpo irá buscar a própria cura por intermédio das mobilizações teciduais.
Para uma abordagem osteopática se faz necessário uma detalhada anamnese, consistente em um questionamento ao paciente sobre seus hábitos diários e sintomas, além de uma avaliação física (testes clínicos, testes físicos e exames de imagem).
O tratamento é realizado de maneira manual, mobilizando direta ou indiretamente os vários tecidos do corpo como o muscular, articular, fascial, visceral, ligamentar, neural, vascular e linfático, com vistas à restaurar o movimento e consequentemente as suas funções. As mobilizações são sutis e sempre respeitando a individualidade do paciente.
O tratamento faz uma abordagem global do corpo, sendo indicado para todas as idades.
A osteopatia, apesar de ter filosofia própria, é embasada na fisiologia, anatomia, biomecânica e semiologia.
Pode ser subdividida em:

Estrutural
Atua no sistema músculo-esquelético (músculo, tendão, cápsula articular e fáscia) que apresenta restrição de movimento. Utilizam-se técnicas que contemplam cada tecido lesionado como: stretching (muscular); pompagem (ligamento, fascia e muscular); miotensiva (muscular); articulatória (ligamentar e muscular); inibição (muscular); thrust (ligamentar, muscular, capsular e vascular); pontos gatilho (muscular); técnicas funcionais (fáscias) e técnicas neuromusculares (muscular, vascular e fascial).
Visceral

Tem como objetivo o tratamento de alterações viscerais e sistêmicas, promovendo o melhor funcionamento do corpo e as relações entre as vísceras, sistema nervoso central e estrutural.
O tratamento pode ser realizado na própria víscera, nas fáscias que as circundam e sustentam ou reflexamente por estimulação vertebral. As técnicas atuam na eliminação do espasmo reflexo da musculatura lisa do trato visceral; no estiramento das fáscias, liberando as aderências; no ganho de elasticidade e liberdade de movimento visceral, bem como no aumento de vascularização local.
É indicado no tratamento de hérnia de hiato; ptoses viscerais; asma brônquica; pneumonia; constipação intestinal; distúrbios hepatobiliares; alterações cardíacas; distúrbios renais; alterações do ciclo menstrual; síndrome pré-menstrual; alterações hormonais; queda da imunidade; patologias sistêmicas de origem visceral.
Cranial

A osteopatia cranial consiste em liberar restrições de movimento dos ossos do crânio e seus componentes, com o objetivo de harmonizar o crânio com a coluna e restabelecer o equilíbrio dessas estruturas.
As técnicas são delicadas e específicas para cada osso. Promovem ganho de mobilidade, por intermédio da dura-máter, corrigindo consequentemente a disfunção apresentada.
Possui como principais indicações os seguintes sintomas: cefaléias e enxaquecas; distúrbios visuais e auditivos; disfunções da articulação têmporo-mandibular (ATM); bruxismo; distúrbios de deglutição; alterações digestivas (pela inervação do nervo vago); alterações vestibulares; alergias; rinites e sinusites; otites e dores crônicas.
Maitland

É uma técnica manual, aperfeiçoada pelo fisioterapeuta australiano Geoffrey D. Maitland. Objetiva aliviar as dores das articulações por meio de mobilizações oscilatórias, que variam sua amplitude de movimento e velocidade de acordo com a sintomatologia do paciente.
A avaliação é compreendida pela anamnese, queixa principal, e exame físico, no qual são realizados movimentos articulares ativos, passivos e acessórios com o objetivo de identificar em que momento surge a resistência/bloqueio articular e assim tratá-la.
As manobras articulares são gradativas e classificadas em 5 graus, sendo cada grau específico para um sintoma.
Esta técnica é indicada para:
- dores em geral na coluna (cervical, torácica e lombar);
- dores em membros superiores (ombro, cotovelo e punho);
- dores em membros inferiores ( coxo-femoral, sacro-ilíaca, joelho e tornozelo);
- articulação têmporo-mandibular.
Método McKenzie®


O Método McKenzie® de Diagnóstico e Terapia Mecânica® (MDT) é um protocolo de avaliação e tratamento de diversos problemas da coluna e membros superiores e inferiores. É um sistema de avaliação e tratamento confiável e cientificamente comprovado para classificar e tratar pacientes em subgrupos mecânicos por meio de movimentos direcionados.
A aplicação da terapia mecânica do MDT é identificar exercícios específicos para alivio de dor e melhora de função. Desta forma o cliente terá autonomia em seu tratamento o que possibilitará uma resposta mais eficiente à terapêutica.
Os exercícios possuem níveis que vão desde automobilização sem carga até carga máxima do paciente. Podendo o terapeuta auxiliar ou não.
Seus diferenciais frente à outros tipos de avaliação e tratamento são: uma vez que o paciente tenha aprendido a se autotratar, utilizando movimentos e posturas específicos, os mesmos procedimentos podem ser usados para prevenir a recorrência do problema. Outra vantagem do MDT é o encaminhamento à serviços adequados quando essa terapêutica apresenta contraindicações, proporcionando assim, melhor manejo do quadro clínico do cliente.
